Um movimento estranho na política da terrinha chamou a atenção dos eleitores betinenses recentemente, devido às postagens nas redes sociais da ex-prefeita Maria do Carmo, do pré-candidato Vinícius Resende e de sua vice, a sindicalista Ana Paula, fazendo visitas às lideranças pela cidade.
A intenção da ex-prefeita é unir a esquerda mais extremista, representada pelo braço sindicalista do PT e pelo PSOL, fortalecendo possíveis alianças com Vinícius Resende (PV). Esta coalizão, como é sabido, tem por trás Osvander Valadão, presidente do diretório estadual do PV. Ele é uma figura de destaque na cidade, com sua participação direta na antiga Funarbe, onde plantou raízes por mais de 20 anos, elegendo seu pupilo Dudu Braga, que foi seu sucessor na Cultura da cidade antes de se eleger vereador.
Ao que tudo indica, a tal aliança busca consolidar uma frente de oposição robusta, unindo forças em torno de um projeto político comum, fortalecendo o governo Lula e incluindo a classe sindical. A petista Ana Paula, vice de Vinícius, é vinculada ao Sind-UTE, e esta união enfrentará diretamente as candidaturas de centro e direita nas próximas eleições municipais.
Lembrando que o pai de Vinícius Resende, Maurinho Resende, que coordena a campanha do filho, já foi presidente da Câmara Municipal, sendo na época ferrenho opositor de Maria do Carmo, quando abriu uma CPI para tentar cassar o mandato da ex-prefeita, além de tentar rejeitar as contas do mandato da então prefeita.
Hoje, a convergência de ideias e propósitos entre os partidos da esquerda e a família Resende é fundamental para tentar misturar “água e óleo”, mantendo uma aparência amigável, mas que, mais cedo ou mais tarde, entrará em colisão de objetivos.
Se o pré-candidato do PV, que sempre foi da direita, vai conseguir apagar sua imagem de “estranho no ninho” no meio da turma da esquerda extremista durante a campanha eleitoral, só o tempo dirá.
EM TEMPO: Dr. Vinícius não respondeu ao nosso contato até o fechamento da matéria.
Fotos: Redes Sociais
Uma resposta
Penso que dessa vez o PT, ou melhor, uma parcela ambiciosa do PT deu um tiro no próprio pé.
O nome escolhido pra compor a cabeça de chapa da Federação é um político da direita, foi vice prefeito do bolsonarista Mediole.