A repercussão do pronunciamento do vereador Erasmo Carlos na última terça-feira (16), durante a reunião da Câmara Municipal, continua gerando discussões no meio político. O vereador não poupou palavras ao criticar seus colegas Maritaca, Roni Martins, Gregório e Júnior Trabalhador, que retiraram suas assinaturas de última hora, inviabilizando a abertura de CPIs para investigar o escândalo na Saúde Municipal e as suspeitas de contrapartidas envolvendo doação de terrenos públicos. Segundo Erasmo, esses quatro vereadores estão atrapalhando o trabalho do Legislativo, cuja função é fiscalizar o Executivo.
Erasmo Carlos “solta os cachorros” nos vereadores com oposição de mentirinha
Inicialmente, a criação das duas CPIs contou com 10 assinaturas, número mais do que suficiente de acordo com o Regimento Interno da Casa, que estabelece um terço dos vereadores, ou seja, oito assinaturas. No entanto, no momento de protocolar o pedido de abertura das CPIs, havia apenas seis assinaturas, o que impediu a continuidade do processo de investigação. “Queremos entender os motivos por trás dessa ação e se eles estão recebendo propinas ou vantagens indevidas das empresas envolvidas”, denunciou o vereador Erasmo em vídeo nas suas redes sociais.
Erasmo Carlos, eleito para o seu segundo mandato pelo partido PSD na coligação com o prefeito Medioli, é mais um dos vereadores que mudaram de lado no meio do caminho, passando a integrar a oposição, aparentemente visando às eleições de 2024 e a possibilidade de disputar a prefeitura. Em seu pronunciamento, ele elogiou os seis vereadores que mantiveram suas assinaturas: Dudu Braga, Claudinho, Carlinho, Vitor Braz, Klebinho e Prof. Wellington. No entanto, Erasmo cometeu uma incoerência ao não mencionar os nomes dos outros 13 vereadores que ficaram “em cima do muro” quando todos receberam ofícios para a abertura das CPIs.
Se “o fogo amigo” que se tornou comum no executivo, também passará a ocorrer com frequência no legislativo, só o tempo dirá.
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