Há cerca de 30 dias, os moradores do Edifício Santorini, localizado no bairro Espírito Santo, enfrentam uma rotina de dificuldades devido à inoperância do único elevador do prédio. Com sete andares, o condomínio abriga famílias que agora precisam subir e descer escadas carregando compras, crianças e até mesmo idosos com mobilidade reduzida.
O problema não surgiu repentinamente. Desde o final do ano passado, o elevador apresentava sinais evidentes de falha, como ruídos constantes, balanço excessivo da cabine e dificuldades na abertura das portas. Apesar dos alertas do síndico, a empresa responsável pela manutenção, Atlas Elevadores, teria apenas realizado reparos paliativos.
Em janeiro, após nova solicitação de vistoria, a Atlas diagnosticou um problema no elemento de tração do equipamento, peça essencial para seu funcionamento. Inicialmente, a empresa alegou que o desgaste se devia ao tempo de uso e apresentou um orçamento de R$ 27 mil para os reparos. No entanto, após intervenção jurídica da administradora do condomínio, a Atlas voltou atrás e se comprometeu a realizar o conserto sem custos para os moradores, com previsão de entrega em cinco dias – prazo que já foi ultrapassado.
Nesta quarta-feira (05), a diretoria da Atlas informou, por e-mail, que está providenciando a substituição do elemento de tração. A empresa justificou o atraso citando a necessidade de aprovação do serviço pela sede da companhia, em São Paulo.
Os moradores, no entanto, estão indignados. “Se a manutenção tivesse sido feita corretamente desde o início, não estaríamos passando por esse transtorno”, afirmou um residente que preferiu não se identificar.
Nossa reportagem tentou contato com a Atlas Elevadores para esclarecimentos, mas apenas foi fornecido o número do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). O espaço segue aberto para o posicionamento da empresa.
Fotos: Jeva Guedes