O lutador betinense, Ryan Gandra, 28 anos, que conquistou o título no LFA 171 na categoria peso médio até (84kg), enfrenta agora o desafio da falta de patrocínio em Betim. A vitória contundente sobre Alessandro Gambulino, considerado melhor grappling (termo usado para designar o conjunto das práticas de luta especializadas no chão), no segundo round, por nocaute técnico, foi “um golpe certeiro” para o atleta betinense tentar conseguir uma assinatura de contrato no mundo do UFC.

No entanto, a luta continua, só que agora fora do ringue do MMA. Morador do bairro Granja Verde, Ryan é mecânico eletricista na Viasolo Engenharia Ambiental, e a competição entre seus treinos e o horário do trabalho é desafiador. A jornada diária do lutador inicia às 5 horas, com treinos até as 9 da manhã, seguidos por um expediente no trabalho das 10h às 20h. Ao deixar o serviço, ele retorna à academia, persistindo em sua rotina intensa de treinos até as 23 horas.

Apesar de propostas de empresários de Curitiba, Ryan mantém a esperança de conseguir apoio local, evitando a mudança para a Capital do Paraná. O custo elevado dos treinos e a vontade de permanecer próximo à família motivam sua busca por patrocínios em Betim. O lutador, agora fora do ringue do MMA, enfrenta não apenas adversários no octógono, mas também o desafio de deixar o trabalho e se tornar de vez, um profissional do MMA.