Além de ser destaque no noticiário da TV durante a semana, uma recente pesquisa realizada pela Realtime Big Data, a pedido da Record Minas e divulgada no telejornal da emissora, MG NO AR, revelou que 21% da população de Betim está extremamente insatisfeita com os serviços de saúde oferecidos no município. Dentre as principais reclamações estão a falta de médicos e equipamentos, além da demora para marcar consultas e realizar exames, que muitas vezes pode levar meses, e até mesmo anos.

Apesar de Betim contar com 38 Unidades Básicas de Saúde, 04 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Hospital Regional, essas estruturas não têm sido suficientes para atender às necessidades da população. A falta de qualidade nos serviços prestados também foi apontada por 38% dos entrevistados, que classificaram o atendimento como ruim e péssimo. Doenças tratáveis se tornam crônicas, entes queridos são perdidos devido à negligência política e administrativa.

O prefeito Vittorio Medioli atribui parte da culpa pelo represamento no atendimento à pandemia da Covid-19. Segundo ele, exames e pequenas cirurgias foram adiados para evitar aglomerações e o contágio da doença. No entanto, o prefeito garantiu que a demanda represada será normalizada até o final de 2023.

Enquanto o prefeito busca justificar a situação, o vereador Alexandre Xereu, líder de governo, destaca a ampliação das unidades básicas de saúde e comemora a ampliação do serviços de hemodiálise no município.

Por outro lado, o vereador Erasmo da Academia ressalta a falta de concursos públicos e a terceirização para as ONGs adotada pelo atual governo. Além disso, o vereador destaca que a atenção primária não está sendo realizada de forma adequada, afetando os serviços de ginecologia, pediatria e clínica geral, e impactando diretamente as UPAs e o Hospital Regional.
Fotos: prints do vídeo da reportagem.