CÂMARA MUNICIPAL REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER RECUPERAÇÃO DA BACIA DO RIO BETIM

O presidente da Câmara Municipal de Betim, vereador Léo Contador, abriu os trabalhos da audiência pública nesta sexta-feira (11), atendendo à solicitação do vereador Alexandre da Paz, por meio do Requerimento nº 594/2025. “É essencial cuidar de todos os rios e riachos que cortam nossa cidade para preservar a Bacia dos Rios Betim e Paraopeba, bem como proteger as nascentes existentes”, destacou Léo Contador.

A Cachoeira do Rio Betim, outrora um ponto turístico, hoje exibe águas poluídas e uma cascata de esgoto a céu aberto.

O evento contou com a presença do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, Heleno Maia; do presidente da ECOS, Wilton Magnos; do secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rodrigo José Gonçalves; e de outros vereadores. Alexandre da Paz, que coordenou os debates, enfatizou que a revitalização do Rio Betim depende da despoluição do Riacho das Areias, cuja nascente está no Bairro Universal e que deságua na Praça do Encontro.

O ambientalista Heleno Maia ressaltou que lutou para trazer a sede do Comitê para Betim, por ser o maior e mais populoso município da bacia. Durante a audiência, foi exibido um vídeo que mostrou que, apesar da intensa poluição, ainda há vida no Rio Betim. Atualmente, o rio é o maior poluidor do Rio Paraopeba, despejando milhões de litros de esgoto in natura em seu leito – responsabilidade da Copasa. Maia garantiu que não poupará esforços para despoluir o Rio Betim durante seu mandato e prometeu nadar em suas águas após a conclusão dos trabalhos de limpeza.

Léo Contador destacou a prioridade na preservação das nascentes dos rios que cortam o município, essenciais para a Bacia do Paraopeba.

O secretário Rodrigo José Gonçalves explicou tecnicamente o conceito de bacia hidrográfica – área que recebe água da chuva e a direciona para um curso d’água. Já o presidente da ECOS, Wilton Magno Leite, afirmou que a empresa realiza fiscalizações constantes, mas a falta de conscientização ambiental torna o trabalho “como enxugar gelo”.