A Comissão Provisória do União Brasil em Betim anunciou, após uma reunião extraordinária nesta segunda-feira (26), a expulsão do vereador Junio Cirino Fonseca, conhecido como Junior Trabalhador, por infidelidade partidária. A decisão foi tomada com base em infrações ao estatuto do partido, especialmente relacionadas à fidelidade partidária durante o período eleitoral.
O vereador inicialmente declarou apoio ao candidato a prefeito Pedro Moura, do partido Mobiliza, presidido por seu irmão, Ronivon Fonseca, conhecido como Neguinho. Posteriormente, Junior Trabalhador voltou atrás e declarou publicamente seu apoio ao candidato do PT/PV, em circunstâncias que ainda não foram completamente esclarecidas. Essa mudança de posição foi considerada uma grave violação dos princípios de fidelidade partidária, comprometendo a coesão e os objetivos do União Brasil. Além disso, Junior tem a intenção de eleger a sua esposa como vereadora pelo Partido Liberal.
A Comissão Provisória decidiu pela expulsão do vereador de forma unânime, fundamentando a decisão nos artigos 12, III, 96, VIII e 97 do estatuto do partido. A expulsão ainda precisa ser confirmada pela Comissão Executiva Estadual, conforme o artigo 14 do estatuto.
Junior Trabalhador será oficialmente notificado sobre a decisão após a deliberação final da Comissão Executiva Estadual. O estatuto do União Brasil garante ao membro expulso o direito à ampla defesa e ao contraditório, podendo apresentar recurso ou defesa no prazo de cinco dias a partir da notificação.
Essa medida disciplinar do União Brasil enfatiza a importância da fidelidade partidária e o compromisso com as diretrizes estabelecidas pelo partido, destacando o rigor em manter a coesão e lealdade de seus membros, especialmente durante períodos eleitorais. A decisão pode ter consequências no mandato de Junior Trabalhador, já que a suplente Maria Vanuzia poderá solicitar sua vaga na Câmara, colocando o vereador em risco de perder o cargo.
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