CRIME DA VALE: IMPOSIÇÃO DA MINERADORA ATRASA INAUGURAÇÃO DE MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DE BRUMADINHO

O monumento, idealizado em 2019 após a tragédia que vitimou 272 pessoas, enfrenta um atraso na sua inauguração devido a interferências da Vale. A Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos (AVABRUM) aponta que a tentativa da mineradora em transformar o Memorial às Vítimas de Brumadinho em “Memorial Vale” gerou um impasse, retardando a inauguração.

Embora a construção tenha alcançado a fase final em 2022, a Vale, buscando influenciar a narrativa do desastre, apresentou cláusulas de gestão em documentos. Neste contexto, a negociação demorou mais de um ano, sendo sacramentado um acordo com a assinatura dos termos em agosto de 2023 para a criação de uma fundação que gerenciará o local.

O Memorial não apenas irá presta homenagem, mas também busca ser um espaço de reflexão e acolhimento. Além disso, servirá para receber os fragmentos dos corpos das vítimas ainda sendo encontrados, evitando descarte desrespeitoso.

A Vale limitou a informar ao ser que as regras foram definidas em acordo com a Associação dos Familiares e o Ministério Público de Minas Gerais, resultando na criação da Fundação Memorial de Brumadinho.

Desenhado pelo arquiteto Gustavo Penna, o projeto apresenta simbolismos marcantes, como os 272 ipês amarelos representando as vítimas. A experiência sensorial, com um feixe de luz e “joias” iluminadas a cada 25 de janeiro, busca emocionar os visitantes, relembrando a tragédia que marcou Brumadinho.

Conforme a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão em Brumadinho (Avabrum), o Memorial deverá ser inaugurado entre julho e agosto de 2024, e a Mineradora se comprometeu em arcar com os custos de manutenção e conservação do local, que será administrado pelas famílias.

“MAR DE LAMA”

Brumadinho ficou marcada pelo rompimento da Mina do Córrego do Feijão em 25 de janeiro de 2019. Ao completar cinco anos da tragédia, a cidade para completamente às 12h28 para homenagear as 272 “joias” que perderam suas vidas em um dos maiores desastres ambientais e de trabalho do Brasil.

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