Na política, dizem que “até vaca voa” e que, durante a campanha eleitoral, vale tudo, o feio é perder. Depois que Vittorio Medioli descartou o ex-Procurador-Geral do Município, Bruno Cypriano, como possível candidato a prefeito de Betim, seu projeto eleitoral tomou novos rumos.
Pelo sim, pelo não, tudo leva a crer que até o PT, seu maior desafeto, já pensa em “jogar a toalha” e unir-se ao grupo de Medioli para não fazer feio em uma possível derrota em 2024. Caso isso aconteça, essa possível coligação, considerada impossível na linguagem política, seria o equivalente a “a vaca voar”. Se isso realmente acontecer, a vaca não apenas “vai voar”, mas também ‘vai tossir” e dará um rasante no Centro Administrativo, como mostra a ilustração na foto.
Toda essa polêmica, que agitou os bastidores da política betinense neste final de semana, ocorreu devido a uma publicação nas redes sociais sobre a presença da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, na sede da Editora Sempre, de propriedade de Vittorio Medioli, durante sua participação no programa Café com Política na manhã de sábado (02).
Até aí, tudo bem. Ocorre que o secretário de Governo, Jaime Thalles, repercutiu a reportagem em suas redes sociais, “colocando lenha na fogueira” e fornecendo mais detalhes do encontro da petista Gleisi, ilustrado com uma foto ao lado do diretor executivo da empresa, o jornalista Heron Guimarães. Além disso, Thalles, que possui informações privilegiadas junto ao prefeito, lançou Heron como candidato a prefeito com o apoio de Medioli. Sua publicação afirma que: “Gleisi Hoffmann e a Secretária Nacional de Finanças do PT, Gleide Andrade, se reuniram reservadamente com o jornalista Heron Guimarães. O teor da conversa não foi revelado, mas nos bastidores da política betinense, já é certo que Heron Guimarães será o candidato e possível sucessor do prefeito Medioli.”
Se “a vaca vai pro brejo” com esta inesperada coligação, só o tempo dirá.