Nesta sexta-feira (6), o prefeito Heron Guimarães, participou de uma reunião estratégica com representantes do governo de Minas, da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e das prefeituras de BH, Contagem e Nova Lima.
O encontro, realizado no BDMG, em Belo Horizonte, foi promovido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade Urbana e Parcerias (Seinfra) e discutiu os desafios do transporte público intermunicipal na RMBH.
Dados apresentados pelo secretário Pedro Bruno Barros destacaram a urgência de ações integradas para reverter a queda na qualidade e no uso do transporte coletivo.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a média diária de deslocamento chega a 57 minutos para percorrer 10 km, segundo a Pesquisa CNT 2024.
Entre os motivos para a migração dos usuários para outros meios estão o desconforto, a falta de flexibilidade nos horários e o tempo excessivo de viagem.
A fragmentação do sistema também preocupa: a RMBH possui seis sistemas de bilhetagem diferentes, dez programas municipais gratuitos e cartões não integrados.
A falta de uma governança unificada gera concorrência entre redes e decisões isoladas, prejudicando a eficiência do transporte.
Para enfrentar esses desafios, o governo estadual propôs a criação de um grupo estratégico (com prefeitos e secretários, reunindo-se bimestralmente) e um grupo técnico (com representantes do Estado e municípios, em encontros quinzenais). As propostas foram aceitas por todos os participantes.

O prefeito Heron Guimarães destacou a importância do diálogo para avançar em questões críticas, como o rodoanel metropolitano – tema que envolve divergências entre o Estado e as prefeituras de Betim e Contagem. “Hoje estabelecemos um pacto pela mobilidade urbana na RMBH.
Com essa força-tarefa, poderemos resolver impasses e garantir projetos que impactam diretamente a vida da população”, afirmou.
O Estado também apresentou um plano de investimentos de R$ 77 bilhões em infraestrutura para os próximos anos, com foco na RMBH.
Betim, por sua vez, defende a criação de uma governança metropolitana para integrar e gerir o transporte público, reduzir custos e melhorar o acesso a emprego e serviços.